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domingo, 31 de agosto de 2014

Os Santos Devem Andar a Sós

A. W. Tozer

A maioria das grandes almas deste mundo foram almas solitárias. A solidão parece ser o preço que o santo deve pagar pela sua santidade.

Na manhã do mundo (ou talvez devêssemos dizer, naquela es­tranha escuridão que surgiu logo após a alvorada da criação do homem), aquela alma piedosa, Enoque, andou com Deus e já não era, porque Deus a tomou; e embora não seja dito exatamente nessas palavras, pode-se muito bem inferir que Enoque seguiu por um caminho bem diferente daquele de seus contemporâneos.
Abraão tinha Sara e Ló, assim como muitos servos e pastores, mas quem pode ler a sua história e o comentário apostólico sobre ela sem sentir imediatamente ser ele um homem "cuja alma se assemelhava a uma estrela e habitava na solidão"? Ao que sabemos, Deus jamais se dirigiu a ele quando acompanhado por outras pessoas. Abraão se comunicava diante do seu Deus, e a dignidade inata do homem proibia que assumisse esta postura na presença de outros.
Como foi doce e solene a cena naquela noite do sacrifício quando ele viu o fogo movendo-se entre os pedaços da oferta. Ali, sozinho com o horror da grande escuridão à sua volta, ele ouviu a voz de Deus e soube que tinha sido marcado com o favor divino.
Este   capítulo   foi   originalmente   escrito   para   a   revista   "Eternity,"   sendo usado aqui com a permissão da mesma.
Moisés foi também um homem separado. Embora ainda tivesse ligação com a corte do Faraó, ele fazia grandes caminhadas sozinho. Durante um desses passeios, enquanto estava ainda longe da mul­tidão, ele viu um egípcio e um hebreu brigando e foi em auxílio de seu conterrâneo. Depois do rompimento com o Egito, que resultou desse ato, ele habitou em quase completa reclusão no deserto. Ali, enquanto vigiava sozinho seu rebanho, o prodígio da sarça ardente surgiu diante dele e mais tarde, no alto do Sinai, ficou abaixado, sozinho, para contemplar em fascinado terror a Presença, parcial­mente oculta, parcialmente  revelada,  dentro  da  nuvem  e  do  fogo.
Os profetas das eras pré-cristãs eram muito diferentes uns dos outros, mas uma coisa que tiveram em comum foi a sua solidão forçada. Eles amavam seu povo e se gloriavam na religião dos pais mas sua lealdade ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e seu zelo pelo bem-estar da nação de Israel os afastou da multidão, lançando-os em longos períodos de isolamento. "Tornei-me estranho a meus ir­mãos, e desconhecido aos filhos de minha mãe" (Sl 69:8), clamou um deles e sem saber falou por todos os demais.
A visão mais reveladora foi a dAquele de quem Moisés e todos os profetas escreveram, seguindo solitário para a cruz. Sua profunda solidão não foi mitigada pela presença das multidões.
£ meia-noite e no alto do monte das Oliveiras As estrelas que brilhavam esmaeceram; É meia-noite agora no jardim, O Salvador que sofre ora sozinho.
É meia-noite e afastado de todos, O Salvador luta só com seus temores; Nem mesmo o discípulo a quem amava, Observa o sofrimento e as lágrimas do Mestre.
William B. Tappan
Ele morreu só na escuridão, oculto aos olhos do homem mortal e ninguém observou quando ressurgiu triunfante, deixando a sepul­tura, embora muitos o vissem mais tarde e testemunhassem quanto ao que viram. Existem coisas sagradas demais para qualquer olho observar além do de Deus. A curiosidade, o clamor, o esforço bem-intencionado  mas   sem  jeito,  podem  prejudicar  cm   vez  de   ajudar a alma que espera e tornar improvável  senão impossível a comu­nicação da mensagem secreta de Deus ao coração do adorador.
Algumas vezes reagimos com uma espécie de reflexo religioso e repetimos obrigatoriamente palavras e frases adequadas, embora elas não expressem nossos sentimentos reais e lhes falte a autenti­cidade da experiência pessoal. Isso está acontecendo agora. Uma certa lealdade convencional pode fazer alguém que ouça esta verdade pouco familiar expressa pela primeira vez dizer com animação: "Oh, nunca me sinto sozinho. Cristo afirmou 'Não te deixarei nem te desampararei', e 'Estarei contigo para sempre'. Como posso sentir-me solitário quando  Jesus está comigo?"
Não quero julgar a sinceridade de qualquer alma cristã, mas este testemunho é demasiado típico para ser real. Trata-se eviden­temente do que o indivíduo pensa que deveria ser verdadeiro em lugar do que provou ser verdade mediante o teste da experiência. Esta alegre negativa da solidão prova apenas que a pessoa jamais andou com Deus sem o apoio e ânimo supridos pela sociedade. A sensação de companheirismo que ele erradamente atribui à presença de Cristo pode ter origem, e provavelmente tem, na presença de amigos. Lembre-se sempre: você não pode levar a cruz acompanhado. Embora o homem possa estar cercado por uma imensa multidão, a sua cruz lhe pertence e o fato de carregá-la faz dele um ente à parte. A sociedade se voltou contra ele, caso contrário não teria uma cruz. Ninguém mostra amizade pelo homem com uma cruz. "Todos deixando-o. fugiram."
A dor da solidão está ligada à constituição de nossa natureza. Deus nos fez uns para os outros. O desejo de companhia é comple­tamente natural e certo. A solidão do crente nasce do seu andar com Deus num mundo ímpio, um caminhar que freqüentemente o afasta da companhia de bons cristãos assim como do mundo não-regenerado. O instinto que lhe foi concedido por Deus clama por manter amizade com outros que se identifiquem com ele, outros que possam compreender seus anseios, suas aspirações, sua absorção no amor de Cristo; e pelo fato de no seu círculo de amigos serem tão poucos os que partilham de suas experiências íntimas, ele é forçado a andar sozinho. O anseio insatisfatório dos profetas pela compreensão humana levou-os a queixar-se em voz alta e chorar, e até o Senhor também sofreu assim.
O homem que entrou na presença divina numa experiência interior real não encontrará muitos que o compreendam. Uma certa fraternidade social lhe será naturalmente oferecida enquanto se mistura com pessoas religiosas nas atividades regulares da igreja, mas verdadeiro companheirismo espiritual vai ser difícil de achar, embora não deva esperar outra coisa. Afinal de contas, ele é um peregrino e a jornada empreendida não é feita com os pés, mas com o coração. Ele anda com Deus no jardim de sua própria alma — e quem senão Deus pode andar ali com ele? O seu espírito difere do das multidões que caminham pelos pátios da casa do Senhor. Ele viu aquilo que elas só tiveram oportunidade de ouvir, e anda em seu meio como Zacarias andou depois de sua volta do altar quando o povo sussur­rou: "Teve uma visão".
O indivíduo verdadeiramente espiritual é de fato extravagante. Não vive para si mesmo mas para promover os interesses de Outro. Ele procura persuadir as pessoas a darem tudo de si ao Senhor e não pede qualquer porção para si mesmo. Compraz-se em ver seu Salvador glorificado aos olhos dos homens, e não em receber honras pessoais. Sua alegria é ver seu Senhor promovido e ele próprio negligenciado. São poucos os que desejam trocar idéias com ele sobre o objeto supremo do seu interesse, e fica então no geral silencioso e preocupado em meio às conversas religiosas barulhentas e triviais. Ganha assim a reputação de ser aborrecido e sério em excesso, sendo evitado e alargando cada vez mais o abismo entre ele e a sociedade. Busca amigos em cujas vestes pode sentir o aroma da mirra e do aloés saídos de palácios de marfim, mas encontrando poucos ou nenhum, como Maria fez antigamente, guarda essas coisas em seu coração.
Justamente essa solidão o faz lançar-se de volta a Deus. "Quando meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me tomará para si." Sua incapacidade de encontrar companhia humana o leva a buscar em Deus o que não descobre em lugar algum. Aprende em solidão interior o que jamais poderia ter aprendido junto à multidão — que Cristo é Tudo em Todos, que Ele foi feito para nós sabedoria, retidão, santificação e redenção, que nEle temos e possuímos o summum bonum da vida.
Duas coisas precisam ainda ser ditas. A primeira é que o homem solitário que mencionamos não e arrogante, nem é o tipo "mais santo do que tu" amargamente satirizado na literatura popular. Com toda probabilidade sente-se o mais insignificante de todos os homens e culpa-se a si mesmo de sua solidão. Quer partilhar seus sentimentos com outros e abrir o coração a alguém cuja alma se identifique com a sua, mas o clima espiritual que o rodeia não o anima e permanece então em silêncio, contando suas mágoas somente a Deus.
A segunda coisa é que o santo solitário não é o homem arredio que endurece o coração contra o sofrimento humano e passa os dias contemplando os céus. O oposto é verdade. Sua solidão o faz acolher com simpatia os que têm o coração partido, os que caíram pelo caminho e os que foram manchados pelo pecado. Por achar-se desligado do mundo, tem muito maior capacidade para ajudá-lo. Meister Eckhart ensinou seus seguidores que se estivessem orando como para serem transportados para o terceiro céu e acontecesse lembrarem de uma pobre viúva que precisava de alimento, deviam interromper imediatamente a oração e ir cuidar da viúva. "O Senhor não permitirá que percam nada com isso", disse-lhes. "Podem retomar a oração no ponto em que a deixaram e o Senhor irá aceitá-la da mesma forma". Isto é típico dos grandes místicos e mestres da vida interior, desde Paulo até hoje.
A fraqueza de tantos cristãos modernos é que eles se sentem à vontade no mundo. Km seu esforço para conseguir um "ajuste" agradável à sociedade não-regenerada, eles perderam seu caráter de peregrinos e se tornaram uma parte da própria ordem moral contra a qual foram enviados para protestar. O mundo os reconhece e os aceita pelo que são. E esta é justamente a coisa mais triste que pode ser dita a seu respeito. Não são solitários, mas também não são santos.

domingo, 18 de novembro de 2012

O Chamado do Alto



Gostaria de estar compartilhando este texto, por que creio ser de bastante relevancia para podermos considerar algumas posições de alguns santos e gigantes de Deus de outras epocas, concernente sua vida de devoção e despretenção em relação a reconhecimentos e ao zelo pelo evangelho.
Creio que estas declarações é um nocaute em relação é um aguilhão pontiagudo na mentalidade e na realidade de vida de muitos ministros e pregadores brasileiros.

Considere estas palavra como um recado de Deus! Pois aqueles que tem ouvidos para ouvir que ouça.

Se Deus tem chamado você para que sejaverdadeiramente como Jesus com todas as forças de seu
espírito, Ele o estimulará para que leve uma vida de crucificação e de humildade e exigirá tal obediência que você não poderá imitar aos demais cristãos, pois Ele não permitirá que você faça o mesmo que fazem os outros, em muitos aspectos. Outros, que aparentemente são muito religiosos e
fervorosos, podem ter a si mesmos em alta estima, podem buscar influência e ressaltar a realização de seus planos; você, porém, não deve fazer nada disso, pois, se tentar fazê-lo, fracassará de tal modo e merecerá tal reprovação por parte do Senhor, que você se converterá em um penitente lastimável.
Outros poderão fazer alarde de seu trabalho, de seus êxitos, de seus escritos, mas o Espírito Santo não permitirá a você nenhuma dessas coisas. Se você começar a proceder dessa forma, Ele o consumirá em uma mortificação tão profunda que você depreciará a si mesmo tanto quanto a todas as suas boas obras. A outros será permitido conseguir grandes somas de dinheiro e dar-se a luxos supérfluos, porém Deus só proporcionará a você o sustento diário, porque quer que você tenha algo que é muito mais valioso que o ouro: uma absoluta dependência Dele e de Seu invisível tesouro. O Senhor permitirá que os demais recebam honras e se destaquem, enquanto mantém você oculto na sombra,
porque Ele quer produzir um fruto seleto e fragrante para Sua glória vindoura, e isso só pode ser produzido na sombra.
Deus pode permitir que os demais sejam grandes, mas você deve continuar sendo pequeno; Deus permitirá que outros trabalhem para Ele e ganhem fama, porém fará com que você trabalhe e se desgaste sem que nem mesmo saiba quanto está fazendo. Depois, para que seu trabalho seja ainda mais valioso, permitirá que outros recebam o crédito pelo que você faz, com o fim de lhe ensinar a mensagem da cruz: a humildade e algo do que significa participar de Sua natureza. O Espírito Santo manterá sobre você uma estrita vigilância e, com zeloso amor, lhe reprovará por suas palavras, ou por seus sentimentos indiferentes, ou por malgastar seu tempo, coisas essas que parecem não preocupar
aos demais cristãos. Por isso, habitue-se à idéia de que Deus é um soberano absoluto que tem o direito de fazer o que Lhe apraz com os que Lhe pertencem e que não pode explicarlhe a infinidade de coisas que poderiam confundir sua mente pelo modo como Ele procede com você. Deus lhe tomará a palavra; e se você se vende para ser Seu escravo sem reservas, Ele o envolverá em um amor zeloso que permitirá que outros façam muitas coisas que a você não são permitidas. Saiba-o de uma vez por todas: você tem de se entender diretamente com o Espírito Santo acerca dessas coisas, e Ele terá o privilégio de atar sua língua, ou de colocar algemas em suas mão ou de fechar seus olhos para aquilo que é permitido aos demais. Entretanto, você conhecerá o segredo do reino. Quando estiver possuído pelo Deus vivo de tal maneira que se sinta feliz e contente no íntimo de seu coração com essa peculiar, pessoal, privada e zelosa tutoria e com esse governo do Espírito Santo sobre sua vida, então haverá encontrado a entrada dos céus, o chamado do alto, de Deus.
(Autor conhecido somente por Deus)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Proximidade é Semelhança


Por: A. W. Tozer
Um pro. blema sério e às vezes angustiante para muitos cristãos é sentirem que Deus está longe deles ou que eles estão longe dEle, o que vem a dar no mesmo. Ê difícil regozijar-nos no Senhor quando padecemos deste senso de distância. É como procurar ter um claro e quente verão sem sol. Certamente que o maior mal aqui não é intelectual, e não pode ser sanado com recursos intelectuais; todavia, a verdade tem de penetrar na mente antes de poder entrar no coração, e por isso vamos raciocinar juntos sobre isso. Nas questões espirituais só pensamos corre­tamente quando com ousadia pomos de lado o conceito de espaço. Deus é no espírito, e o espírito não habita no espaço. O espaço tem a ver com a matéria, mas o espírito independe dele. Pelo conceito de espaço explicamos a relação dos corpos materiais, uns com os outros. Jamais devemos pensar em Deus como estando espacialmente perto ou distante, pois Ele não está aqui ou ali, mas leva o aqui e o ali em Seu coração. O espaço não é infinito, como alguns pensam; somente Deus é infinito, e em Sua infinidade Ele absorve todo o espaço. "Não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor". Ele enche os céus e a terra, como o oceano enche o balde que afundou nele. e assim como o oceano circunda o balde. Deus o faz com o Universo que Ele enche. "Os céus dos céus não te podem conter". Deus não é contido. Ele contém. Como criaturas terrenas, naturalmente nos inclinamos a pensar mediante analogias terrenas. "Quem vem da terra é terreno e fala da terra." Deus nos criou como almas viventes e nos deu corpos pelos quais podemos experimentar o mundo que nos cerca e comuni­car-nos uns com os outros. Quando o homem caiu, mediante o pe­cado, começou a pensar que tem alma em vez de o ser. Faz muita diferença, se o homem crê que é um corpo que tem alma, ou uma alma que tem corpo. A alma é interna e oculta, enquanto que o corpo está sempre presente para os sentidos; conseqüentemente, nós tendemos a ser cientes do corpo, e o conceito de perto e remoto, ligado às coisas materiais, parece-nos plenamente natural. Mas só é válido quando aplicado às criaturas morais. Quando tentamos aplicá-lo a Deus, não mais retém a sua validade. Entretanto, quando falamos de estarem os homens "longe" de Deus, falamos verazmente. O Senhor disse de Israel: " O seu coração está longe de mim", e aí temos a definição de perto e longe em nossa relação com Deus. As palavras se referem, não à distância física, mas à semelhança. As Escrituras ensinam claramente que Deus está igualmente perto de todas as partes do Seu universo (Salmo 139:1-18); contudo, alguns seres experimentam a Sua proximidade e outros não, depen­dendo da sua semelhança moral com Ele. E a dessemelhança que produz o senso da remota distância entre as criaturas, e entre os homens e Deus. Duas criaturas podem estar tão perto fisicamente uma da outra que podem tocar-se, mas, dada a desigualdade de natureza, estão separadas por milhões de quilômetros. Pode-se imaginar a presença de um anjo e de um gorila na mesma sala, mas a radical diferença entre as suas naturezas impossibilitaria a sua comunhão. Na reali­dade estariam "longe" um do outro. Para a desigualdade moral entre o homem e Deus a Bíblia tem uma palavra, alienação, ou profunda separação, e o Espírito Santo apresenta um horrendo quadro dessa alienação e dos resultados que produz no caráter humano. A natureza humana decaída é precisa­mente oposta à natureza de Deus como revelada em Jesus Cristo. Uma vez que não há semelhança moral, não há comunhão, e daí o senso de distância física, o sentimento de que Deus está longe no espaço. Esta noção errônea desencoraja e impede muitos pecadores de crerem para a vida. Paulo animou os atenienses lembrando-lhes que Deus não estava longe de nenhum deles, que era nEle que viviam, moviam-se e exis­tiam. Todavia, os homens pensam que Ele está mais longe do que a mais distante estrela. A verdade é que Ele está mais perto de nós do que estamos nós mesmos. Como pode, porem, o pecador ligar o tremendo abismo que o separa de Deus na experiência real? A resposta é que ele não pode fazê-lo, mas a glória da mensagem cristã é que Cristo o fez. Pelo sangue da Sua cruz, Ele fez a paz, para poder reconciliar consigo mesmo todas as coisas. "E a vós outros também que outrora éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas. agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreen­síveis" (Colossenses 1:21,22). O novo nascimento faz-nos partícipes da natureza divina. Aí começa a obra de desfazer a desigualdade entre nós e Deus. Daí ela progride pela santificante operação do Espírito Santo, até dar plena satisfação a Deus. Essa e a teologia da matéria em foco, mas como já disse, mesmo a alma regenerada pode sofrer com o sentimento de que Deus está longe dela. Que deverá fazer, então? Primeiro, pode ser que o problema não seja mais que uma tem­porária ruptura na comunhão consciente com Deus devida a uma dentre meia centena de causas. A cura é a fé. Confie em Deus em meio à escuridão até voltar a luz. Segundo, caso o senso da distância persista, apesar das orações e aquilo que você crê que é fé, sonde a sua vida interior em busca de evidências de atitudes erradas, maus pensamentos ou defeitos de cará­ter. Essas coisas diferem de Deus e criam um abismo psicológico entre você e Ele, Expulse de si o mal, creia, e o senso de proximidade se restaurará. Deus nunca foi o primeiro a se afastar.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Morte do Rev. David Wilkerson dia 28-4.

Queremos deixar este texto, Em gratidão a vida deste Homem de Deus.

Babilônia Está Caindo (Sai dela povo meu!)
Por David Wilkerson
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"Então ( o anjo) exclamou com potente voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda..." (Apocalipse 18:2).
Martinho Lutero e outros pregadores da Reforma ensinaram que Babilônia era a Igreja Católica, e o Papa, a besta. Muitos crentes naquele tempo foram martirizados por deixar a igreja - multidões foram assassinadas por ordem do Papa. Qualquer pessoa que conheça a história da igreja pode verificar que a Igreja Católica no passado ficou manchada pelo sangue de muitas almas piedosas. Mas os protestantes também mataram católicos - como acontece hoje na Irlanda. Estão se matando como loucos.
Mas a Babilônia da qual João fala aqui é algo que vai além da Igreja Católica. A besta é algo mais poderoso que o Papa. Babilônia ainda é um grande poder mundial visível aos nossos olhos. A sua força e influência cresceram incrivelmente na última década - até hoje ostenta tremendo poderio. Babilônia não é uma cidade física; é uma condição espiritual - assim como Sião não é apenas uma cidade em Israel, mas também uma representação da verdadeira igreja de Jesus Cristo. Babilônia é a igreja meretriz! É uma igreja dentro da igreja - um corpo visível existente dentro do corpo invisível de Cristo!
O professor Milligon, em 1885, escreveu:
"Babilônia não é a igreja de Roma, em particular. Não há dúvidas de que esta igreja pecou profundamente...mas não é a meretriz espiritual. Babilônia são todos os cristãos professos que amam os favores do mundo, mais do que o reprovam. São os que estimam a honra do mundo, mais do que vêem a vergonha dele. São os que amam o comodismo, mais que o sacrifício; amam o sucesso, cobiça - não tendo compaixão pelos pobres.
Babilônia são todos que professam ser um dos 'pequeninos do rebanho' de Cristo mas não são, pois O negam por seus atos."
Babilônia, para mim, é qualquer igreja - qualquer ministério - qualquer ministro, qualquer cristão, associado ao mundo! É constituída de certos pastores, evangelistas, de multidões de cristãos - todos seduzidos pela cobiça e pela mentalidade do mundo. É religião contaminada em seus métodos iníquos - e santuário corrompido por alianças ímpias.

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Babilônia Está Caindo !
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A profecia de João está se cumprindo diante dos nossos olhos - agora mesmo.
Deus vai breve derrubar toda igreja não espiritual, todo ministério não espiritual, todo ministro apóstata, todo cristão morno e mundano!
João em sua visão viu a meretriz sustentada por uma besta:
"Veio um dos...anjos...que falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas (terras)...Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto, e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres...Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na sua fronte achava-se escrito um nome, mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA" (Apocalipse 17:1-5).
Realmente isso não é complicado. Esqueça as sete cabeças e os dez chifres - são apenas símbolos que significam a influência mundial da meretriz. O que temos é um quadro vivo da igreja apóstata, sensual e rica de hoje! Uma meretriz de fama e influente, possuidora de grandes riquezas e prestígio - mas poluída com nudez, fornicação, e imundície! É exatamente a descrição da igreja de Laodicéia mencionada em Apocalipse 3, que se diz "ser rica e abastada, não precisando de cousa alguma" - mas não sabendo estar "nua, miserável, pobre, e cega".
Babilônia não é a igreja apóstata só porque eu esteja dizendo isso! Os profetas do Velho Testamento sabiam quem era essa meretriz! Eles a identificavam como sendo o povo de Deus que se apostatou, corrompido pelos ímpios que o cercava. Jeremias diz: "Viste o que fez a pérfida Israel?...se deu...a toda prostituição...(Israel) tu tens a fronte de prostituta, e não queres ter vergonha" (Jeremias 3:3,6). Ezequiel chora: "Quão fraco é o teu coração, diz o Senhor Deus, fazendo tu todas estas cousas, só próprias de meretriz descarada" (Ezequiel 16:30). E Isaías se angustia: "Como se fez prostituta a cidade fiel! ela que estava cheia de justiça! Nela habitava a retidão, mas agora homicidas" (Isaías 1:21). A mesma mensagem é declarada pelos profetas Joel, Amós, Miquéias e Naum. Todos eles gritam: "O meu povo Israel se transformou em planta degenerada - em meretriz insolente!".
O povo escolhido de Deus, que no passado fora fiel, se prostituiu segundo caminhos ímpios! Tornou-se concessivo com o pecado, amante das diversões. Profanou os lugares santos de Deus ao trazer a eles estranhos - pecadores impuros! Ezequiel troveja essa mensagem:
"Dize aos rebeldes, à casa de Israel...introduzistes estrangeiros, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne, para estarem no meu santuário, para o profanarem em minha casa...Não cumpristes as prescrições a respeito das minhas cousas sagradas, antes constituístes em vosso lugar estrangeiros para executar o serviço no meu santuário" (Ezequiel 44:6-9).
No tabernáculo do deserto - e no templo de Salomão - os pecadores só eram permitidos na parte externa, e nunca dentro do Lugar Santo. Apenas os santificados eram permitidos ministrar ao Senhor - só os que foram separados e ungidos. Em nosso tempo a igreja é a parte externa - onde todos os pecadores são bem vindos, e buscados! Mas no tocante ao trato das coisas sagradas de Deus - só os puros de coração, só os consagrados de Deus devem ser permitidos!
Quando João viu a meretriz sustentada por uma besta, ele estava enxergando os nossos dias - uma igreja carnal infiltrada pelo mundo! A besta é o espírito deste mundo! Recebeu o seu poder do velho dragão, Satanás! Você e eu sabemos que é verdade. O mundo se infiltrou na igreja! Está seduzindo os filhos de Deus - tentando levar o povo de Deus ao meretrício espiritual! Fazendo a obra de Deus com métodos mundanos! Usando cantores não piedosos! Shows com pessoas não consagradas! Ficou na moda copiar o mundo - a sua música, o seu estilo - até a sua coreografia! Todas as grandes companhias de gravação de músicas religiosas, com poucas exceções, agora são de grandes corporações de judeus. Alguns programas religiosos de televisão estão sendo dirigidos e produzidos por homens que não têm absolutamente nada a ver com Cristo! Isso é um fato!
Você pode imaginar um filisteu incircunciso sendo convidado por um sacerdote de Israel ao Lugar Santo, para fazer coreografia e ministrar diante da arca da aliança? O sacerdote teria sido morto por Deus - na hora!
Jeremias ficou chocado porque o povo do seu tempo estava voluntariamente sendo desviado por esse engano. Ele se lamenta: "...e é o que deseja o meu povo" (Jeremias 5:31). Hoje, multidões de cristãos adoram serem entretidos por um evangelho pela metade. Gostam de ouvir comerciais de Jesus feitos por celebridades, celebridades que são pessoas de corações divididos. Muitos cristãos adoram o evangelho de show-business!
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Deus Decretou:
Está Tudo Sendo Derrubado !
Babilônia Está Caindo !

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"Ó tu, que habitas sobre muitas águas, rica de tesouros! chegou o teu fim, a medida da tua avareza" (Jeremias 51:13).
Deus decretou: "Chega! Vou colocar um fim rápido a toda essa estultícia espiritual!". O que significa isso para nós hoje - nesse momento, em nossos dias? Significa tanto, para falar a verdade, que Deus diz que isso irá formigar os ouvidos, e deixar o mundo todo atônito! Nós vamos testemunhar a queda de alguns ministérios altamente valorizados! Projetos multimilionários vão falir! Aparecerá nas manchetes! Algumas igrejas que se amarraram em débitos monstruosos cairão! As denominações liberais sofrerão uma perda ainda maior de receita! Deus vai acabar com todos os programas de TV que usaram homens e métodos ímpios. Está chegando uma grande purgação! Só os ministérios espirituais vão continuar! Os que ouvirem o chamado do Espírito e purgarem seu ministério, Deus irá abençoar e aumentar. Os ligados ao mundo apenas ficarão mais não espirituais e mundanos. O homem espiritual de Deus preencherá a brecha!
Deus está se preparando para fazer algo novo! Ele vai derrubar o orgulhoso, o famoso, o ambicioso - e levantar os profetas humildes e desconhecidos para trazer a igreja de volta ao arrependimento e à santidade!
Amigo, os dias dos evangelistas superstar vão acabar! Chega de shows! Chega de roubar a honra de Deus! Chega de glamour! Chega de representar! Chega de coreografia mundana no Lugar Santo de Deus! Chega de religião-diversão! O Espírito Santo vai fechar a religião corporativa! Deus declarou que não irá financiar o ego de nenhum pregador do evangelho!
O Espírito Santo já está conquistando os filhos do Senhor para tirá-los do grande, do brilho, e do sensacionalismo. Até os pecadores estão cansados de todos estes pedidos patéticos de dinheiro! Um povo restaurado e santificado vai discernir entre o puro e o impuro! Os que estiverem em meio à construção de seus pequenos impérios vão chorar e se desesperar - quando Deus derrubar tudo isso! Ele vai escrever "Ichabod" em suas portas! A Sua glória irá deixá-los! Ele está acertando as coisas para queimar e remover todos os que têm gastado tanto tempo em construções de edifícios - em vez de buscar a face de Deus!
Jeremias previu o julgamento de Deus - "Eis que sou contra ti (Babilônia)... estenderei a minha mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas... te tornarás em desolação" (Jeremias 51:25,26).
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Deus Está Avisando Todos os Seus Sinceros Filhos
Para Saírem de Babilônia !
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As escriturar ordenam: "Fugi do meio de Babilônia, e cada um salve a sua vida; não pereçais na sua maldade; porque é tempo da vingança do Senhor: ele lhe dará a sua paga" (Jeremias 51:6).

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Deus Está Chamando os Pastores
Para Deixarem os Caminhos de Babilônia !
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Ele está dizendo aos ministros para afastarem suas pranchetas, e voltarem a se entregar ao jejum, à oração, e ao estudo da palavra de Deus. Vá em frente e construa - faça expansão e planeje - mas uma vez os planos decididos, deixe que os presbíteros e diáconos construam a igreja - e deixem o pastor livre para jejuar e orar! Pois Deus vai vomitar de Sua boca todo evangelho leviano e frívolo!
Jeremias repreendeu os sacerdotes do seu tempo, dizendo: "Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz" (Jer. 6:14). Superficialmente significa "leve, tolo, desprovido de substância". A purgação da parte de Deus removerá todo evangelho de tolices, do superficial, do sem substância! Deus está trazendo de volta a espada de dois gumes! Está trazendo de volta homens que ouviram Sua ordem, "Assim diz o Senhor...". Os dias de fingir que não se vê o pecado acabaram! Deus agora exige santidade.
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Deus Vai Recolocar "o Rubor" (vergonha) no Evangelho
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"Cometem abominação sem sentir por isso vergonha; nem sabem que cousa é envergonhar-se" (Jeremias 6:15)
Ruborizar é "ter o rosto avermelhado devido a um senso de vergonha e culpa por ter feito algo errado". Deus vai dar à Sua igreja aquele tipo de pastor verdadeiro que mostrará ao povo os seus pecados . Ele trará de volta a dor e a vergonha piedosas devido ao pecado e às concessões feitas. Chega de se pôr remendos sobre o pecado! Chega de consolar o ímpio em iniqüidade!
Deus vai humilhar todo ministro que tenha falsos valores - que "corre atrás do vento". Jeremias diz: "Os pastores prevaricaram...andaram atrás de cousas de nenhum proveito" (Jeremias 2:8). Ele chorou por um ministério que se
tornara carnal, sensual, terreno. "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram o Senhor; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos" (Jeremias 10:21).
Não me entenda mal - eu não estou rebaixando o ministro. E julgo igualmente o meu próprio coração! Mas há tantos no púlpito hoje que não buscam mais a face de Deus. Tornaram-se estúpidos - entregues ao profissionalismo! Tornaram-se mortos e mundanos. Deus está se preparando para mudar tudo isso! Ele diz: "Levantarei sobre elas pastores que as apascentem... nem uma delas faltará" (Jeremias 23:4). Esses pastores verdadeiros não vão mais curar a dor das pessoas com orações engraçadinhas de libertação! Nada de "simplesmente confie em Deus e tudo fica em paz e resolvido". Nada de clichês inócuos! NÃO! Eles vão curar as feridas chegando à raiz delas - PECADO no coração! Lançarão o machado à raiz, produzindo cura através de arrependimento total, e do abandono do pecado e do mundo.
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Deus Está Convocando a Sua Igreja Para Sair de Babilônia
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"Assim diz o Senhor do Universo, o Deus de Israel: O que Eu estou fazendo agora com Babilônia é apenas preparar um terreiro plano, para separar o trigo da palha" (Jeremias 51:33-BV).
"Fugi do meio da Babilônia e saí da terra (dos caldeus)..." (Jeremias 50:8).
Babilônia foi o poder mundial que deixou o povo de Deus Israel em cativeiro. É um tipo da escravidão moderna ao espírito deste século atual. Repetidas vezes as escrituras dizem: "E veio Babilônia e levou preso o povo de Deus, em correntes...". O escritor nos lembra: "ministram em figura e sombra das cousas celestes" (Hebreus 8:5). Babilônia ainda é o espírito deste mundo - é o ministério da iniqüidade, a mãe de todo adultério espiritual.
Enquanto os israelitas eram mantidos cativos na Babilônia, Isaías envia a eles esse aviso: "Vocês não estão andando com o coração certo diante do Senhor...estão vivendo em prazeres - despreocupadamente..." (v Isaías 47:4-8).
Em outras palavras, vocês não estão prestando atenção às coisas de Deus! Estão amarrados à diversão e ao prazer! Não estão atentos aos tempos, e ignoram a oração e a palavra de Deus. Olhem em torno! Cristo está prestes a chegar - e onde estão os santos de Deus? São levados por um furacão de eventos sociais, recreação, cinema, TV! Isso é pecado unicamente por roubarem o nosso tempo! Os lugares de oração estão vazios! Não há mais lágrimas - o zelo pela casa de Deus está se esvaecendo! Essa é a obra de Babilônia - seduzir o povo de Deus afastando-o dos altares - para que se entretenha com seus brinquedos. Tornar o povo de Deus preocupado com banalidades, com prosperidade, prazeres. Deus está nos chamando para deixarmos esse tipo de vida carnal, sensual, banal - e voltarmos a buscar o Senhor de todo o nosso coração.
Jeremias podia ver que Babilônia tinha roubado a fé e a confiança do povo no Senhor. Ele escreve: "O meu povo tem sido ovelhas perdidas...esqueceram-se do seu redil" (Jeremias 50:6). Eles tinham deixado de cantar e de se alegrar no coração - pois achavam que Deus os havia abandonado:
"Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos...Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções...Como, porém, haveríamos de entoar o canto do Senhor em terra estranha?" (Salmo 137:1-4).
Babilônia havia levado os seus corações! Haviam perdido o contentamento e a alegria! Diziam, "Nunca mais voltaremos a cantar!". Parecia não haver mais esperança. Os dias se arrastavam. "Sião", reclamavam, "foi abandonada por Deus". Eles viam a situação desesperadora e murmuravam, "O nosso Deus não nos ouve - estamos abandonados como órfãos".
Oh, santos de Deus! Deixem as dores de Babilônia! Deus não os abandonou! Ele está machucado por aqueles que O acusam de abandoná-los! Não parem de cantar! A sua maior revelação de Deus pode vir durante o cativeiro! Foi junto ao rio Quebar, com as harpas postas sobre chorões e salgueiros - estando o povo de Deus num estado de confusão e temor, que Deus abriu as janelas dos céus com uma nova visão. Ezequiel registrou isso da seguinte maneira: "...no quinto dia... do mês... estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus" (Ezequiel 1:1).
É isso que Deus vai fazer à multidões dentre os filhos Seus - e assim transformar cativeiro em júbilo: abrirá as janelas dos céus com uma nova e gloriosa visão da glória de Deus!
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Deus Está Derrubando Babilônia
Para Levantar Sião !

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"Levantar-te-ás e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, e já é vinda a sua hora" (Salmo 102:13).
Sião é a igreja verdadeira - santa, imaculada, inculpável, irrepreensível aos Seus olhos! A soberania de Deus determinou um tempo quando restaurararia Sião. Esse tempo chegou!
"Porque o Senhor edificou a Sião, apareceu na sua glória" (Salmo 102:16).
Deus está rompendo tudo - só assim poderá edificar! Das cinzas de egos incinerados - das cinzas de sonhos falsos e de ministérios falidos - Ele construirá uma nova e gloriosa obra do Espírito! Ele derrubará o velho para edificar o novo. Deus vai revelar a Sua glória - e o povo de Deus receberá uma nova visão da Sua santidade e da Sua pureza!
Está chegando um reavivamento de justiça e retidão! "Após isso eu voltarei, e novamente construirei o tabernáculo de Davi, que está derrubado - e a partir de suas ruínas o reconstruirei, e o edificarei...".
O profeta Joel viu chegando esse dia de restauração! Ele diz: "Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene" (Joel 2:15).
Posso lhe dizer que no mundo todo agora, homens e mulheres de Deus ouviram a trombeta soar. Estão se santificando diante de Deus - e estão em prantos entre o espaço dos bancos da igreja e o altar. Sabem que Deus está prestes a purgar a igreja - derrubar tudo que é falso e carnal - e a operar uma grandiosa e nova obra. E não querem ficar de fora!
Deus vai trazer Sião de volta ao altar!
Davi entendeu que havia tão pouca atividade em torno do altar de Deus, que os pássaros lá fizeram seus ninhos - sem serem perturbados: "encontrou... a andorinha, ninho para si...os teus altares..." (Salmo 84:3).
Joel brada, "uivai, ministros do altar..." (Joel 1:13). No espaço entre onde se assentam os membros - e o altar - supõe-se que esteja um homem de Deus em prantos! "Chorem...entre o pórtico e o altar...", Ele deve chorar pelo esvaziamento do altar - pois Deus retirou Sua bênção (Joel 1:13).
Que profecia tremenda, gloriosa, João viu sobre o altar! Ele prevê que o fogo cairá sobre este altar, e abalará a terra!
"Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro...incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono...subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos... E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou a terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto" (Apocalipse 8:1-5).
Deus agora mesmo está tomando as medidas do Seu santo altar! Ele conhece quem chora lá! Ele sabe quem deseja ardentemente a presença de Deus lá!
"Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram..." (Apocalipse 11:1). Não estou falando aqui da cerquinha de madeira que fica na frente do salão! Isso não é altar - de jeito algum! Altar é todo lugar secreto de oração - qualquer lugar onde você cai diante do Senhor e ora! Muitos cristãos nunca saem da igreja a menos que antes se ajoelhem diante de um apoio de madeira para os joelhos! Só então vão embora dizendo, "Fui ao altar". Para muitos, é só um ritual morto.
Deus está trazendo nova revelação quanto ao quê é, e onde está o altar. Está em seu coração! Não é um altar feito por mãos! É um lugar espiritual - só conhecido por Deus e você, onde o coração verdadeiramente adora e glorifica o Senhor! O Espírito Santo está erigindo um altar poderoso no coração dos santos famintos - por todo o mundo. Reconstrua o seu altar! Volte para a comunhão diária e secreta! O Espírito está levando todos os filhos de Deus de volta ao Seu altar!
Finalmente, Deus vai retirar as "guloseimas" - e substituí-las pelas verdadeiras riquezas da justiça santa. "O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão achados" (Apoc. 18:14).
E que evangelho de "guloseimas" temos ouvido ultimamente! Um evangelho de "guloseimas"! Guloseima significa "coisas elegantes". João proclama que Babilônia está caindo - e todas as guloseimas com ela! "Porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza" (Apoc. 18:17).
Aos santos apóstolos e ministros é dito que se alegrem por ter chegado um fim para a cobiça pelas coisas deste mundo - "Exultai...santos, apóstolos e profetas (pastores)...(ela) viveu em luxúria...em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza..." (Apoc. 18:7,17,20).
Deus não está levando a Sua igreja à pobreza! Ele vai revelar as verdadeiras riquezas do evangelho, e vomitar de Sua boca este conceito pagão de materialismo!
O velho irmão Payson colocou da melhor maneira, dizendo:
"A minha oração é que se Deus tem alguma bênção do mundo guardada para mim, Ele terá prazer em dar-me de Sua graça no lugar disso, ou transformá-la em bênçãos espirituais".
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Babilônia está Caindo !
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"Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos..." (Apocalipse 18:4).